Enquanto uma promotora de vendas de 20 anos tomava banho no local de trabalho no fim do expediente para ir à universidade, um colega de serviço gravava as imagens por meio de um MP4 para supostamente colocá-las na internet. As filmagens eram corriqueiras, segundo outros colegas de trabalho. Após cadaa nova gravação, o vídeo era apresentado como troféu aos demais. De acordo com a polícia, outros funcionários do posto de combustíveis Texaco do bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife, tinham conhecimento das gravações, mas nenhuma medida foi tomada para evitar o constrangimento. Somente ontem, dia seguinte à denúncia feita pela própria vítima à polícia, o frentista Carlos Jerônimo Silva Júnior, 30, foi preso. Há suspeitas de que as imagens já circulem pela internet. Ele foi levado ao Cotel.
Na residência do suspeito, na Bomba do Hemetério, a polícia ainda encontrou um revólver calibre 38, o que levou ao flagrante por posse ilegal de arma. Segundo o delegado Gilmar Rodrigues, responsável pelo caso, ele será indiciado por assédio moral, constrangimento e atentado ao pudor. ´Ele teria dito aos amigos que iria ganhar dinheiro com os vídeos na internet. Estamos investigando se as imagens foram realmente postadas, já que ele não assume o crime`, disse. Desde 2006, o Disque-Denúncia já recebeu 33 ligações com registros de casos de crimes sexuais semelhantes em Pernambuco. A maioria está relacionada à pedofilia.
A vítima descobriu o crime na última segunda-feira, no final do expediente. Ela tomava banho, no posto de combustíveis, quando ouviu um barulho estranho no teto do banheiro. ´Ela observou que havia uma alteração no gesso. Um pequeno buraco. Em seguida, viu a sombra de alguém segurando uma espécie de celular`, contou o delegado. Logo depois do susto, a promotora de vendas passou mal.
Depois de contar o episódio aos outros colegas de trabalho, ficou ainda mais nervosa, pois todos já sabiam da prática do suspeito. ´Há até relatos de que ele exibia uma arma para intimidar essas pessoas`, disse Rodrigues. O equipamento foi encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) para análise das imagens gravadas. O acusado negou.
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