Depois de 11 meses, o treinador Zé Teodoro e seu auxiliar técnico Sandro Barbosa podem comemorar, pois chegaram à principal meta traçada para 2011. O título da Série D ainda é apenas possibilidade, mas o objetivo maior do Santa Cruz neste ano era se classificar para a terceira divisão do Brasileiro. Atletas, dirigentes e torcedores ainda comemoraram um inesperado Pernambucano sobre o Sport, e agora ficam felizes pois vislumbram a possibilidade de ver uma nova geração de tricolores.
O porteiro Leoncio Rodrigues Junior tem dois filhos. "Eles eram torcedores do Santa Cruz, mas o mais novo depois que o time entrou em crise virou rubro-negro. Não tem o que faça ele mudar de idéia agora", explica o tricolor. Hoje adolescentes, os filhos dele cresceram no período de maior crise do tradicional clube pernambucano e são um exemplo de um fenômeno que vinha acontecendo em dezenas de famílias pernambucanas.
Já o fotógrafo Marcelo Ferreira teve uma vitória dentro da família também para comemorar em 2011. "Lucas (6 anos) sempre foi torcedor do Sport. Mas quando o Santa Cruz começou a ganhar no Pernambucano ele foi influenciado por mim e pelos meus irmãos e virou casaca", lembra. Hoje, seus três filhos comemoram junto com ele o acesso à Série C.
Com nove anos, no entanto, Mateus mal tinha deixado de ser bebê quando o time dele esteve pela última vez na Série A. Os outros dois, Lucas e João, mesmo tendo nascido neste período de crise agora também torcem pelo clube do pai e da maior parte da família.
O Santa Cruz disputou a Série A pela última vez em 2006, para ter a seguir uma sequência de três rebaixamentos. Depois de ser lanterninha da primeira divisão, jogou a Série B em 2007, e acabou caindo para a Série C em 2008. Com uma campanha ruim, não conseguiu ficar entre os 20 que disputariam a reformulada terceira divisão do ano seguinte, e precisou participar da primeira edição da Série D. Sem conseguir administrar corretamente seu patrimônio, o time permaneceu estagnado num torneio deficitário durante três anos.
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