quinta-feira, 20 de outubro de 2011
TABIRENSES DESAPARECIDOS PODEM TER SIDO VÍTIMAS DE TRÁFICO DE PESSOAS
Os três homens moradores de Tabira, no Sertão de Pernambuco, que desapareceram após receber propostas para trabalhar no estado de Sergipe, podem ter sido vítimas de exploradores. A polícia trabalha com duas linhas de investigação: tráfico de pessoas ou trabalho escravo, dois crimes que podem ser evitados se o trabalhador tomar alguns cuidados e se informar melhor.
O tráfico de pessoas consiste em enganar a vítima, que é transferida de um lugar para outro, e acaba caindo na armadilha do trabalho forçado. “Os exploradores são pessoas que se aproveitam da situação de pobreza e vulnerabilidade da população. Pessoas que estão desempregadas ou na informalidade, que acabam caindo na falsa promessa e encontrando situação que terminam sendo crimes”, explica a procuradora do Trabalho em Pernambuco, Débora Tito.
Segundo ela, o trabalhador precisa sair de sua localidade sabendo tudo sobre a proposta: a empresa, quanto vai ganhar, quanto tempo vai ficar. O transporte, inclusive, deve ser pago pelo empregador. “O fluxo de trabalhadores é legal, mas tem que ser acompanhado pelo Ministério do Emprego e com a lisura do empregador”, comenta.
O que leva as empresas a traficar trabalhadores, segundo Débora Tito, são os benefícios financeiros trazidos pela mão de obra barata. “Fazer dentro da legislação, assinando carteira, dando todos os direitos, fica mais caro para a empresa. Às vezes, o aliciador não faz nem por maldade, faz apenas para obter mais lucro com a contratação”, diz a procuradora.
Investigações
O caso está sendo investigado em Carmópolis, a 47 km de Aracaju. A Polícia Civil de Pernambuco está mantendo contato com o delegado responsável pelo caso. A coordenadora das Delegacias do Interior de Sergipe, Viviane Pessoa, explicou como será feito o trabalho de investigação no estado: “Nós colocamos uma equipe para fazer as buscas, os levantamentos, já escalamos um delegado para cuidar do caso e as investigações já foram iniciadas”.
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