O tráfico de pessoas consiste em enganar a vítima, que é transferida de um lugar para outro, e acaba caindo na armadilha do trabalho forçado. “Os exploradores são pessoas que se aproveitam da situação de pobreza e vulnerabilidade da população. Pessoas que estão desempregadas ou na informalidade, que acabam caindo na falsa promessa e encontrando situação que terminam sendo crimes”, explica a procuradora do Trabalho em Pernambuco, Débora Tito.
Segundo ela, o trabalhador precisa sair de sua localidade sabendo tudo sobre a proposta: a empresa, quanto vai ganhar, quanto tempo vai ficar. O transporte, inclusive, deve ser pago pelo empregador. “O fluxo de trabalhadores é legal, mas tem que ser acompanhado pelo Ministério do Emprego e com a lisura do empregador”, comenta.
O que leva as empresas a traficar trabalhadores, segundo Débora Tito, são os benefícios financeiros trazidos pela mão de obra barata. “Fazer dentro da legislação, assinando carteira, dando todos os direitos, fica mais caro para a empresa. Às vezes, o aliciador não faz nem por maldade, faz apenas para obter mais lucro com a contratação”, diz a procuradora.
Investigações
O caso está sendo investigado em Carmópolis, a 47 km de Aracaju. A Polícia Civil de Pernambuco está mantendo contato com o delegado responsável pelo caso. A coordenadora das Delegacias do Interior de Sergipe, Viviane Pessoa, explicou como será feito o trabalho de investigação no estado: “Nós colocamos uma equipe para fazer as buscas, os levantamentos, já escalamos um delegado para cuidar do caso e as investigações já foram iniciadas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário