sexta-feira, 8 de abril de 2011

RECONSTITUIÇÃO ESCLARECE DÚVIDAS SOBRE ASSASSINATO DO PROFESSOR



A reconstituição do latrocínio (assalto seguido de morte) contra o professor Élio Meneses Pacheco, realizada na noite dessa quinta-feira (7), com a participação dos acusados, ajudou a polícia a esclarecer dúvidas e contradições sobre o que realmente aconteceu na noite do crime, ocorrido no último dia 16 de março. Os suspeitos Mário Pereira dos Santos, o "Gu", de 22 anos, e José Edenílson dos Santos,o "Matuto", de 19 anos, participaram a reconstituição, que também contou com 34 policiais, dois peritos e 13 viaturas. Já o menor de 17 anos envolvido no crime não participou da ação policial. 

"Conseguimos esclarecer algumas dúvidas, principalmente sobre o momento em que o professor foi morto. Os depoimentos dos três suspeitos eram divergentes. Não sabíamos quem desceu do carro para matar o professor. Hoje confirmamos que os três desceram do veículo, que Matuto atirou, mas Gu retirou o corpo do carro para deixá-lo no matagal", explicou a delegada Gleide Ângelo. Ela afirmou ainda que saber o papel de cada um no latrocínio é importante para a aplicação da pena que será dada pelo juiz. 




Outra contradição esclarecida foi a participação do menor no crime. Ele acompanhou Gu e Matuto na abordagem do professor, que ocorreu na Rua Bom Pastor, na Iputinga, e seguiu para a Muribeca, na localidade de Novo Jaboatão, onde a vítima foi assassinada. Os três deixaram o corpo no local e voltaram em direção ao Recife, no carro do professor, de modelo Polo. Neste momento, o menor se separou dos dois comparsas.
Apenas Matuto e Gu foram ao apartamento de Élio Meneses, localizado na rua Prof. Saulo Freire, na Iputinga, para roubar os pertences da vítima. Em seguida, os dois foram até um posto no bairro da Caxangá e compraram R$ 1,20 de gasolina. O veículo foi abandonado e incendiado na rua Francisco Cortez, no Cordeiro.

ROUBO - Entre os produtos roubados, os criminosos levaram do apartamento do professor um notebook, um computador, um aparelho de DVD, roupas e uma mala de viagem, utilizada para transportar os pertences da vítima. "Já conseguimos recuperar quase todo o material, exceto o notebook e o computador. O celular da vítima, que também tinha sido roubado, foi recuperado pela polícia hoje, das mãos de um receptador", disse a delegada Gleide Ângelo. Ela afirmou que a polícia está a procura de outros receptadores.

DATAS - O professor universitário Élio Meneses Pacheco, de 47 anos, que era  chefe do Departamento de Eletrônica e Sistemas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desapareceu no último dia 16 de março. O primeiro a notar o sumiço do professor foi o colega de trabalho, e também professor da UFPE, Hélio Magalhães. Ele contatou a família do docente e depois a Polícia. Alguns dias depois, o carro do professor foi encontrado, carbonizado. No dia 23, o corpo da vítima, que havia sido abandonado em um matagal, deu entrada no Instituto de Medicina Legal, mas só foi reconhecido no dia 25.


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