quinta-feira, 17 de novembro de 2011

BRASILEIRO CRIA SISTEMA PARA ARMAS DE FOGO QUE SÓ DISPARA SE ESTIVER NA MÃO DO DONO

                      


Pesquisador brasileiro cria sistema de segurança para armas de fogo que evitaria grande parte dos acidentes: um chip implantado na pele que impede o disparo por qualquer um que não o dono. O mecanismo foi desenvolvido pensando especialmente na segurança de crianças e adolescentes. 

Ele poderia evitar casos como o do menino de 10 anos de São Caetano do Sul (SP), que atirou contra a professora na escola e depois contra si. "Disparos acidentais ou suicídio com armas de fogo são a segunda maior causa de morte entre crianças e adolescentes no mundo, perdendo apenas para traumatismos”, diz o Dr. Mário Gazziro, responsável pelo projeto.

A “arma eletrônica” possui uma bobina em seu interior que só é destravada, via rádio, na presença do chip, uma peça de 9 mm por 1,2mm que passa pela agulha da injeção e é alojada próxima ao dedo mindinho da mão . “Essa é uma região com pouca gordura e poucos vasos sanguíneos”, explica Gazziro, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O chip funciona entre 5 e 10 cm da arma, e, depois de ser identificado, leva 5 milionésimos de segundo para acionar e destravar o circuito. Há pouco mais de um ano, o pesquisador se tornou cobaia de seu próprio experimento e teve implantado, na mão esquerda, um chip. 

“Ele vem revestido de um material não rejeitado pelo organismo e é muito mais preciso e seguro do que um sistema de digitais", conta. A primeira versão do projeto, para uso civil, já está pronta e disponível para empresas interessadas em instalar o chip nas armas. Até o final do ano, alguns policiais de Minas Gerais devem começar a testar o equipamento no dia a dia. 


Mas os planos do dr. Gazziro, que é também docente do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da USP, vão além do simples bloqueio da arma. Software O projeto da arma eletrônica pode ganhar uma versão upgrade para calibres maiores, como rifles: a ideia é colocar GPRS, 3G e GPS nesses dispositivos, criando um sistema de rastreamento de disparos em tempo real. 

“Já começamos a desenvolver esse software que, no momento do disparo, registrará onde, quando e quem disparou”, explica Gazziro. “Já possuímos um sistema de rastreamento de animais, como o gado, via chip. Por que não fazer o mesmo com armas?”.


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