quarta-feira, 16 de novembro de 2011

NORDESTINOS SÃO OS QUE MAIS SOFREM DE HIPERTENSÃO

        


Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), de 2008, a mais recente sobre o assunto, revela que os nordestinos são os brasileiros que mais sofrem de hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta. Essa doença silenciosa é um dos fatores de risco para infartos e acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame. Para os especialistas, uma das explicações para esse resultado é a alimentação no Nordeste, que é muito rica em sal.

De acordo com o médico Carlos Japhét, uma pessoa é considerada hipertensa quando a pressão é igual ou superior a 140 x 90 mmHg. “A pressão boa é de 120 x 80. O indicado é que, na visita ao consultório do cardiologista, ele faça pelo menos três aferições. Uma com o paciente sentado, outra em pé ou deitado, e ainda fazer uma média, para diagnosticar o hipertenso”, afirma o especialista.
O médico explica que os hipertensos estão mais vulneráveis a sofrer problemas na circulação, no coração, nos rins e até no cérebro. “Esse é um problema de saúde pública, tanto é que os governos municipais e estaduais têm se movimentado para fornecer gratuitamente esse medicamento que controla a pressão”, diz. Ele lembra que nem todo mundo que está com a pressão alta é hipertenso. "Um esforço físico mais intenso ou o estresse, por exemplo, podem alterar esses números", diz.

Carlos Japhét cita alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da hipertensão: “Tabagismo, alcoolismo, obesidade, alimentação muito rica em sódio. As últimas pesquisas mostraram que os nordestinos consomem em torno de 12 g de sódio por dia, quando a orientação da Organização Mundial de Saúde é consumir no máximo 5 g”.

Uma forma de combater a hipertensão é começar pela alimentação. A dica é ter uma dieta equilibrada, evitar gorduras e investir nas frutas e nas fibras. “Nordestino adora inhame, cuscuz, batata, macaxeira... Tudo isso pode comer, pois são carboidratos complexos, têm grande quantidade de fibras e a absorção é lenta”, aconselha a nutricionista Graça Albuquerque. “É interessante comer fruta, associada a alguma fibra. Mas cuidado, pois apesar de serem saudáveis, algumas frutas têm índice glicêmico alto”, completa.
 

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