QUASE 10 ANOS DEPOIS, MORRE O TERRORISTA MAIS PROCURADO DO MUNDO

Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda, está morto e seu corpo foi resgatado por autoridades dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela rede de televisão CNN no fim da noite deste domingo (1º) e confirmada poucas horas depois com o pronunciamento do presidente dos EUA, Barack Obama, que anunciou oficialmente a morte de Bin Laden em transmissão ao vivo para todo o mundo.

"A morte de Bin Laden marca a maior conquista na luta para derrotar a Al-Qaeda", disse o presidente americano. E lembra que os Estados Unidos não estão em guerra contra o Islã, mas contra o terrorismo. Obama também alertou que a Al-Qaeda tentará outros ataques contra os Estados Unidos. 

O líder da Al-Qaeda, que enviava mensagens e mobilizava radicais pelo mundo todo, foi morto em uma mansão nas proximidades de Islamabad, capital do Paquistão, durante uma operação de inteligência realizada em cooperação com o Paquistão.

Antes mesmo da morte do terrorista ter sido confirmada por órgãos oficiais, milhares de pessoas já comemoravam o fato nos EUA, aglomerando-se em frente à Casa Branca, em Washington. O clima de festa também contagiou a Times Square.

Ex-colaborador da CIA, o engenheiro civil Bin Laden era considerado o mentor intelectual dos atentados de 11 de Setembro de 2001 contra o World Trade Center em Nova Iorque e contra o Pentágono, matando cerca de três mil pessoas. Desde então, ele foi transformado no alvo número um dos Estados Unidos, tendo sido procurado pelas forças armadas vivo ou morto. Mas Bin Laden sempre conseguiu se evadir das forças americanas, alternando esconderijos nas áreas de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Sua ação foi responsável pela mudança na forma como se faz guerra, como se protegem liberdades e como se inspecionam bagagens. 

Osama era um dos cerca de 50 filhos do construtor saudita Mohammed bin Laden. Fez carreira no Afeganistão nos anos 70, ajudando os EUA a expulsar tropas soviéticas. Em 1988, criou a Al-Qaeda (a base, em árabe) e no mesmo ano iniciou os ataques aos EUA, explodindo embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia.